Sherlock Holmes: uma oportunidade de ensino

Aos 16 de outubro de 2002, a Sociedade Real de Química nomeou Sherlock Holmes como um de seus membros. Sim, é isso mesmo: Holmes recebeu o título de membro honorário dessa academia.

Mas por quê?


Doutor Watson, fiel escudeiro de Holmes - ao avaliar os conhecimentos deste -, chegou à conclusão de que seus conhecimentos em química eram profundos. A Sociedade Real de Química parece ter chegado à mesma conclusão. Como afirmou o então chefe executivo da Sociedade Real de Química, Dr David Giachardi, era inegável seu amor pela química e <<a maneira como ele exercia tal conhecimento para o bem público, empregando-o de forma imparcial e analítica>>.



Holmes era um praticante da lógica dedutiva, a mesma que utilizamos em química analítica. O próprio detetive afirmou certa feita: <<Por enquanto, ainda não dispomos de dados […] É um erro capital formular teorias antes de contarmos com todos os indícios. Pode prejudicar o raciocínio.>>Nas aventuras do detetive britânico o leitor acompanha todo o raciocínio dedutivo a partir de conhecimentos das ciências naturais e ciências humanas.


Uma oportunidade


Estou entre os docentes que pensam as ciências a partir de uma perspectiva não segmentada e acredito haver nas narrativas de Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes, farta oportunidade de se ensinar pensamento computacional e princípios de química. O(a) docente que se lança nessa aventura de ensinar química a partir das situações-problema encontrará na obra de Doyle um rico corpus dessas situações. 

 

 Moacir Gabriel


 

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